25 de jul. de 2014

No ponto...

A comparação entre as mulheres com as frutas é algo que vem de antes desse disparate ridículo de mulher morango, mulher melão, mulher não sei o que...
Já cantava Alceu Valença em 1985 “...da manga rosa quero o gosto e o sumo, melão maduro sapoti juá...jabuticaba teu olhar noturno...”
E estou chegando à conclusão que os homens fazem mesmo essa associação ainda que inconscientemente.
Helena, 33 anos, se vê hoje no seu ápice de sua beleza, ainda que não tenha mais as medidas enxutas nem a firmeza de uma garotinha, aprendeu a valorizar o que tem de belo e disfarçar o que não é um ponto forte.
Não precisa mais de roupas curtas, colantes e decotadas para ser notada, descobriu que pode ser sexy sem ser vulgar.
Aprendeu a lidar com sua sexualidade e quebrar todos os tabus, conhece seu corpo perfeitamente e seu prazer hoje lhe pertence, sabe gozar independente do homem que esteja em sua companhia. Não entrega mais “medalhas”, nem seu coração aos homens por lhe proporcionar um orgasmo, já que eles sempre dependem dela mesma acima de tudo.
Helena amadureceu muito nos últimos anos, se descobriu mais forte do que imaginava e muito mais interessante do que supunha.
Tem uma profissão, trabalha com o que gosta e porque gosta, escolheu assim ao invés de se vender para ganhar , fazendo o que não lhe dá prazer ainda que na sua área.
Helena está na idade onde ainda é permitido ser moleca sem parecer ridícula ou mulherão sem forçar a barra...
Ainda trás consigo sonhos de adolescente, mas já possui a sabedoria da maturidade.
Enfim, Helena está no meio do caminho....e se fosse uma fruta diria que está no ponto, madura, pronta para ser colhida e saboreada
Não à toa ultimamente homens de todas as idades elogiam sua personalidade, ouviu de muitas pessoas que ela é uma mulher muito bem resolvida...e talvez realmente seja, depois de 12 anos de terapia, muitos erros e acertos. O que a difere da grande maioria é que Helena vai a fundo em tudo que se propõe, então vivencia todos os benefícios, dores e aprendizados que cada experiência trouxe em sua vida.
E ela sabe seu valor, sabe que não é em todas as esquinas que se acha uma mulher como ela, uma mulher que foge dos padrões e ao mesmo tempo supera as expectativas
Mas Helena não quer qualquer um, não quer um amor vagabundo que lhe tape o buraco sentimental temporariamente, ela quer um homem que saiba apreciar todas suas nuances e superlativos, que consiga compreender e admirar toda sua complexa simplicidade. Ela quer “O AMOR” porque sabe que este é seu melhor momento, porque sabe que é capaz hoje de ser feliz e aguentar o peso da felicidade, porque ser feliz é para poucos, dá trabalho e requer muita manutenção, porque sabe que vai valorizar e não vai deixar escapar por não ter percepção de compreender o que tem nas mãos, porque não tem medo e não tem nada a perder e principalmente porque aprendeu a não se abandonar.
Mas poucos homens estão preparados para Helena neste momento tão especial de sua vida, a parte boa é que ao contrário do que lhe acontecia há anos atrás hoje os homens a acham tão bacana que não a enganam, são sinceros em suas intenções com ela.
Tal qual fruta madura, Helena teme que o tempo passe e que ela própria passe do ponto, porque os homens de 40 querem as mulheres com menos de 30, e os de 20 querem qualquer mulher que lhes dê sexo e nada mais.
O mundo muda, evolui, mas algumas coisas ainda continuam impregnadas de forma velada, mulher fica velha, fica passada, enquanto um homem fica coroa...charmoso...as menininhas de 20 querem um homem de 40, muitas na busca inconsciente da substituição paterna, ou consciente pela segurança financeira que este homem pode lhe proporcionar. Não tão longe dos moldes de relacionamentos da época do império, onde meninas que mal tinham seus corpos formados casavam-se com homens de idade iguais ou superior ao de seus pais.
Helena já ouviu que alguns homens, que eles fogem de sua faixa etária simplesmente pelo fator de que o relógio biológico pulsa para que ela seja mãe e de fato ela quer isso pra si, ser mãe para ela é mais que um sonho, é um fato que só não tem data definida ainda, que irá acontecer independente de ter ou não um homem, um marido.
Me pergunto quantas Helenas deve existir por aí, prontas, tendo clareza de seu próprio valor e tendo de lidar com a insegurança e infantilidade masculina.
Porque para ser ter uma Helena há de ser mais que um príncipe, Helenas não querem um príncipe, porque sabem que não existem, Helenas querem homens de verdade…querem homens despidos de preconceitos, homens seguros de si, que não tenham medo de mulher com opinião própria, de mulher com bagagem de vida, de mulher que talvez saiba mais de sexo que ele, de mulher que quer sexo pelo seu próprio prazer e o quer muito, de mulher de não tenha vergonha de ser quem é, que não usa mascaras, que não aceita um amor medíocre, que não se assuste com toda intensidade dessas mulheres que podem por si só serem sim felizes sozinhas, mas que escolhem querer um amor para compartilhar de si.
Helenas não se contentam com homens que as complete...porque já o são...querem homens que as transbordem.
E meu amigo, se você for esse homem, tenho uma boa notícia para você, terás ao seu lado mais que uma mulher, terás uma companheira de vida..., de vida sexual, de vida sentimental, de vida familiar, de vida financeira, de vida... para toda vida!

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